Bloqueram-me a passagem
com um muro números.
Tentei demoli-lo mas cada vez mais
o muro cresceu.
Senti-me só na escuridão
e na floresta dos números.
Tinha apenas o fogo da memória.
No céu, relâmpagos, com sua luz fugidia,
contaram quanta nostalgia
ainda cabia dentro de mim.
Mas foi em vão.
Infinita, a incerteza que eu inalei.
Andei kilómetros à procura de mais fogo
para eu me transformar em alegria,
mas tudo o que encontrei
foi fumo de fogueiras colossais.
Fitei com medo árvores
que se perderam
na balança dos sentimentos.
A música da lógica
perdeu-se na esperança
de contar as estrelas do espaço
e empilhar todas as eras.
7/01/2011
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