sábado, 3 de março de 2012

Eu



No sussurro da morte viajo encontrando rochas de amor
que são memórias de vida sofrida.
A vida é um campo de sarças onde nós temos
de encontrar o melhor caminho para o atravessar.
Medo da morte? Não!
Porque eu quero ser natural
e quem é natural morre com pessoas na alma.
A vida é bonita, a morte é natural.
Filho da natureza é o que eu quero ser,
porque é a mesma coisa que viver
num campo de flores e borboletas.
Sol e chuva é morte e vida,
como dizia Alberto Caeiro
o poeta da natureza.
Se eu morrer quero o meu livro feito.
Por favor, não me roubem a morte.
A minha vida é grande o suficiente para eu ouvir
a voz da chuva, e a morte é eterna
para eu ver o domínio de Deus.
Agora o meu domínio é a Terra.
Quando eu for para o céu
serei um bebé a aprender o novo mundo.
Eu enfrentarei a morte
com a minha espada alada.

7/11/2011
Pedro, 8 anos

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