terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Dedicado à minha mãe

O teu sorriso transmite-me
as noites e os dias
cheios de tuas mãos cheias de paz.
Bebo a tua infância num rio
onde as estrelas-do-mar
cantam a tua chama
cada dia que passam pelo teu coração.
És a minha vida, é no teu coração
que o meu tempo vive.
A fonte das tuas palavras
eu beijo cada dia, cada segundo,
com paz e amor.

       30/09/2010

    Anastácia, 8anos.


No caderno

No caderno tenho
todos os meus dias
recriados por mim.
O caderno contem
as minhas tristezas e alegrias.
O lápis é a estrada
de onde a minha poesia
vai para o caderno.
No relógio da criação
vejo as horas de fazer
palavras no caderno.
O meu caderno
reconta a minha vida.

    16/12/2010

Anastácia, 8 anos

Do teu amor!

Do teu amor
dedicaste a nós (crianças)
a vida certa!
Desde que eu com 6 anos
entrei para a tua sala 3,
a minha vista do mundo
melhorou 20 vezes.
A minha linguagem mudou
para ser estranha
como o uivar dos lobos à lua cheia.
Tu teces a nossa aprendizagem.
Deixa-me adivinhar!
Tu recebes pistas
dos pássaros matinais.
Tu tens o amor.
Não te esqueças!

13/12/2010

Anastácia, 8 anos                                                    (Dedicado ao meu professor)

Esta página

Não sei que sentimentos
estão a vir ao meu olhar.
Mas que sons no meu pensamento
estão a voar?
No meu coração vejo o livro da vida,
para ver se me ajuda a fazer
o descobrimento do sentimento
que me está a tocar com amor
e que viaja pelos caminhos do sangue.
Aperto na minha mão
estes momentos inteiros.
De repente vejo
que uma página branca
do livro da vida
encheu-se de escrita.
Percebi que foi esse o sentimento.

3/01/2011
   
Anastácia, 8 anos

Leito da vida

No leito da vida vejo os segredos
que me esperam no futuro.
Nas memórias da nascente do rio
vejo os cristais de poesia:
o azul é a palavra,
o verde é a criança
e o laranja o tempo.
Ao esfregar a mão na testa,
a minha sombra percorre
o mundo inteiro.
Agora sinto o final
destes sentimentos.

6/01/2011

Anastácia, 8 anos


Mar


Numa funda lembrança poética
sinto todos os sentimentos
que já tive pela vida.
Com o lápis teço
as minhas palavras fugidias.
O sol reflecte-se nas poças
de gotas de orvalho
caídas das nuvens brancas
como um rebanho.
Na senda do sol-posto no mar,
caminho até chegar a ser
uma criança marinha.
No ocaso é a hora de ver
as páginas da vida.
Sentada numa rocha imaginária
brinco com a vida,
com paz e amor. Adeus!

11/01/2011

Anastácia, 8 anos

A matemática da vida

Acho que entrei na vida de ter três vidas,
e essas três vida são: a vida normal,
a vida poética, e mais a de agora,
pois vou viver a terceira vida
que é ter no caderno favorito
a matemática em poesia.
Claro que sei que os cogumelos...
não vão perceber esta frase
(matemática em poesia).                                                                          
Na data dos meus anos tenho medo
de que me esqueça do meu poeta Nelson.
A quantos Kilómetros estou distante
da morte do meu avô,
e da minha infância e nascimento?
Às flores do meu coração
pergunto se as pétalas dele
são uma simetria.
Elas dizem que não,
dizem que gostam de ser diferentes.

7/01/2011
Anastácia, 8anos



Por este caminho

Por este caminho de três vidas
caminho devagar e vagabunda.
Ao fitar as pedras que me aparecem
à frente dos pés,
não levo as mãos vazias,
levo uma braçada de trigo
que não vai dar pão,
mas vai dar amor.
E quando eu pergunto coisas
a um profeta,
a recompensa que ele recebe
é uma espiga de trigo diferente.
Numa rocha a adoçar e a vacilar
à frente do ocaso, penso na resposta
que me deu o profeta.
Na varanda nocturna
vejo as estrelas de meus passos.

17/01/2011

 Anastácia, 8 anos


O quotidiano

Todos os dias digo a mesma coisa
quando é aurora
e quando é ocaso: - Olá, adeus!
No marulhar das ondas
sinto-me baloiçar
no leito tépido do ocaso.
É suave voar alto.
É uma outra vida voar sem asas.
Ter olhar diferente faz
com que as coisas
sejam descobertas.
No céu de todos os dias
vejo o rebanho branco, branco,
mas quando caem gotas de orvalho
esse rebanho escurece.
Assim é a minha vida quotidiana.!

18/01/2011
      
Anastácia, 8 anos


Por este momento!

Ao fitar a sombra do lápis
caio na poça mais profunda.
As linha azuis fazem-me galgar
em mais e mais letras
que se põem por cima das linhas.
Num escorrega feito
de gotas de orvalho,
sinto a frescura do caminho
que o Inverno passeia.

20/01/2011

Anastácia, 8 anos


                                          (Foi o que eu senti nestes três ou dois minutos)

De uma flor do mar

De uma flor do mar
nasce o amor de um poeta
e de uma criança,
como uma flor
e uma pinga de água.
No ribeiro,
em cada cristal fugidio,
vejo-te a proteger
peixes bebés.
Eu durmo, sonho-te
como lembranças
da minha infância!
As minhas veias correm na pele
e de cada passo nas veias nasces tu.
De ti há tanta coisa...!

20/05/2010
     
Anastácia, 7anos

Sou uma criança, simples ou não?

Há um lugar onde tudo
é como querem as pessoas boas.
Nesse lugar não existe maldade,
ele é mesmo o coração das pessoas.
No meu campo chamado Apanha-Palavras
eu apanho as palavras
que são bem-vindas no meu caderno.
Quando eu era bebé
eu adormecia num leito
feito de duas mãos de minha mãe.
Sou uma simples criança,
mas por dentro não.

25/01/2011
Anastácia, 8anos


Orvalho

Ponho-me em frente de um campo
de futebol, um simples campo
com redes verdes.
Pus-me a olhar em frente da aurora
para o campo.
De repente vi milhões de coisas
a brilhar naquelas redes.
Depois deu o toque para ir
para as primeiras aulas do dia.
Aproximei-me do meu professor
e disse-lhe daquelas coisas fulgorosas.
Ele disse-me que aquilo eram gotas de orvalho.
E aqui estou eu a escrever acompanhada
com os saltos dos pássaros.

28/01/2011

Anastácia, 8 anos

Medo

Agora comecei a sentir
os sentimentos da despedida
da maior parte da minha vida.
Ele tem mãos e pernas,
olhos e coração,
dois metros de altura e uma voz
que lembra logo os trovões.
Para mim ele é o amor
de todas as crianças.
Ele fez-me ter a vida verdadeira,
ele melhorou os meus cinco sentidos,
e, agora, tenho medo que o esqueça
por tanta coisa que ele me fez.
Ele é um poeta que tem o nome
começado pela letra N.
Esse poeta está guardado
no álbum do meu coração.

      1/02/2011

    Anastácia, 8 anos


quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

A palavra

A  palavra é um segredo.
Quando abrimos o portal
a palavra está lá.
O sonho é um mistério igual a nós.
No papel branco as palavras
do meu coração saem
e fico vazio para as tuas aulas.
Quem me deu a palavra foste tu.
Deste-me a esperança
e eu começei a acretitar na poesia.

9/09/2011

Bruno 9 anos

O dia

No dia-a-dia faço imensas coisas
como:- escrever e ler.
Escrevo poemas,
uns com poesia,
outros simples.
Tenho um livro de banda desenhada
que vou lendo aos bocadinhos.
A primeira coisa que faço no meu sonho
é brincar com os meus amigos
e colher saudades do meu professor.
Quando a noite chega,
despeço-me de todos
e vou dormir com a fotografia
dos meus amigos no coração.

Bruno, 8 anos

O olhar

Na frente de mim está o mar.
Estou triste e contente.
Não sei, penso, estou triste.
Com o meu amigo pai,
ao pé de mim, a estrela brilha.
Adormeço na areia lisa.
Não há ondas,
só se ouvem minhas gotas.
O eco está sozinho.
Acordo, o mar está à minha volta
e o eco está dentro de mim.
No chão encontro um papel com palavras.
Leio-as e lá dentro está escrito:
aqui é o silêncio do mar.
O lápis não aguenta
e começa a desabafar.
Mas depois embalas-me
e eu adormeço.

11/01/2012

Victória, 9 anos

A morte

Não tenho muito tempo,
tenho apenas a minha vida.
Por isso escrevo estes versos
em sinal da minha vida.
Espero que depois desta jornada
alguém se lembre de mim.
Será que depois do sofrimento
haverá o paraíso?
Ou será que haverá apenas dor?
Depois desta vida
juntar-me-ei aos vencidos
de sangue derramado,
ou aos vencedores gloriosos?
ou serei apenas mais um?
Apenas Deus sabe.

30/09/2011

Pedro 9 anos







O aniversário do meu pai

Sei que já teceste muito
dos teus anos tão adoçados.
Foste tu que me ajudaste
a conhecer a primeira parte da natureza .
Associaste-me os teus cabelos lisos
e também às tuas aventuras
do teu passatempo,
Os teus cabelos são castanhos
como a terra (o pai ),
a minha mãe tem o sorriso
como a semente (a mãe ),
e eu gosto do sol
como as plantas (as filhas).
Para mim tu és como um pássaro
que viaja pelo mundo.
Tu és a árvore que me dá oxigénio.

3/02/2011

Anastácia 8 anos                                             (Dedicado ao meu pai)

A gaivota

A tua voz transmite-me a minha infância
na quinta da minha avó e avô.
Quando tu voas lembras-me as gotas de água
e quando dou as mãos a uma amiga.
Às vezes, na praia, na terra
encontro a pena da tua asa,
fico com tristeza de voçês,
porque aquela pena podia-vos
transmitir alguma coisa como a infância.
Quando o teu peito vira para o sol
sinto o mar nos meus olhos.

8/05/2010
Anastácia, 7 anos

Em que futuro vou

Pensei, e nunca mais
vou deixar de pensar .
Piso, e continuo a caminhar
nesse caminho.
Sei o que as minhas pernas dançam
e continuam a dançar .
O que eu escrevo não é escrever,
é dançar com as palavras
que ponho numa folha
com linhas azuis .
O teu nome é Balett,
nunca te esquecerei:
Tu e o mar são irmãos
para mim!!!

24/05/2010
Anastácia 9 anos                                  



                                                                        (Dedicado ao ballet)
                                                                               

A noite

Interrogo-me: será que me perdi
nesta noite que Deus manda?
Não, as luzes é que me baralham.
Escrevo na rua perto dos bancos
que me levaram a outro mundo novo.
Peço a Deus que o silêncio se realize
nesta voz irrequieta .
Agora a noite diz-me adeus
e eu faço o mesmo gesto com carinho.

Bruno, 9 anos

A paz



A paz é uma simples palavra.
A paz é não poluir um rio,
uma cascata, o planeta.
A paz é criar laços
com uma pessoa
e não guerra com ela.
Com uma simples palavra
e com um simples gesto
podemos mudar o mundo.

23/01/2012

Iara, 9anos

Escrita

Sentada no sofá
lembro-me daquele dia.
Digo: nunca me esquecerei
da beleza da escrita.
Os versos voam
de mundo em mundo
e abro os olhos,
e vejo aqueles versos a voar
de mão em mão.
A amizade
é a mais importante na vida.
Fizeste-me acreditar
que se quisermos alguma coisa
temos de amar
para o resto da nossa vida.

20/11/2011

Liliana, 8 anos                              (Dedicado ao meu professor)

Paz

Fitando o céu estrelado
um sonho acontece,
a Paz instala-se no meu coração.
Hoje celebramos um dia especial.
A Paz veio entregar as folhagens
que me tiraram do caminho.
Chegaste nos meus sonhos,
eras transparente,
e com a tua palavra
a palavra paz espalhou-se
por todo o mundo.

23/0\1/2012

Liliana, 9 anos

A despedida das palavras



Hoje um dos meus textos nasceu.
Dia 17/11/2011,
uma criança sorri, chora e ri.
Agora escrevo na rua.
Quando olhei para o relógio                   
os ponteiros falaram comigo.
Junta às grades uma voz aparece.
Que dizer?
Tenho tanto para aprender,
tanto para perguntar.
O tempo esgotou-se!
A despedida, que eu sentia receio
que chegasse, chegou.
Palavras, voltarei a vervos!

17/11/2011

Marta, 9 anos

A paz

Sempre quando olho para a lua vejo a paz.
Ela ajuda-me a pensar a escrever.
Paz, és a minha amiga, brincas comigo
e não páras de pensar no silêncio e na calma.
A paz percorre o meu sangue e ajuda-me a ecrever.

25/01/2012

Clayton 9 anos

A nossa paz

Paz, levas-me atrás
com um sorriso.
O amor segue-te lentamente.
Uma rosa vermelha preenche
os nossos corações frágeis.
Um som aparece e desaparece
como a tua timidez.                                                          
Escrevo sobre ti.
És a minha alegria.
A palavra "Paz"
dá-me esta alegria imensa
que tento partilhar com o mundo.
Quase nunca posso estar contigo.
Canto para ti.
Adoro-te tanto quanto o luar!

23/01/2012

Marta, 9anos

Minha amiga: a sombra

Persegues-me por todo o lado.
Foste tu quem ficou minha amiga
assim que me viste.
Andas sempre comigo
à espera que aprendas como se voa.
És tu quem me acompanha
nos momentos de solidão,
escondida ou não.
Eu e tu somos um bando de pombas
que voa em busca da sabedoria.
Somos uma amizade completa!

20/01/2012

Catarina, 9anos

As minhas asas

Voo em paz sem ninguém
à minha frente.
De repente oiço uma música
no meio do nada.
Oiço a música e a música
está no meu pensamento.
Fico triste porque estou sozinho.
Penso na música e no mar.
Encontro o mar
e sento-me na areia molhada.
Fito o mar e oiço a paz do mar.
As minhas asas levaram-me a este sitio
que eu queria para reflectir no mar.

25/01/2012

Tomás. F,  9 anos

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

A vida

Minha alegria me faz sorrir.
A minha vida envolve-se no sentimento.
Voarei livremente no pensamento.
O meu lápis baila nas linhas.
Irá aquela luz me travar?
Poderei desabafar contigo?
Um som aparece lentamente.
As teclas da vida sorriem para mim.                                         
Esta voz que agora canta,
faz-me lembrar as saudades
que por ti sinto.
Escrevo-te dedicando-te este texto
com poucas palavras.
O meu caderno fala comigo.
Nas minhas memórias o sentimento
está sempre presente.

25/01/2012

Marta, 9 anos                                       (dedicado à vida)



As memórias



As memórias enchem
o meu coração de emoções.
Voo no pensamento observando
todas as notas musicais.
É o desejo da música.
As emoções abrem
minha própria alma
visitante das memórias.
Os tambores batem
nas emoções más
violando minha tristeza.
As estrelas caem sobre mim:
o alvo das memórias.
A voz que procuro está aqui!

25/01/212

Catarina, 9anos

A vida



Sobre o sol doirado esvoaço.
Sobre este oiro
e sobre esta leve brisa
contemplo o mundo.
Sobre o mais profundo Pacífico
comtemplo esta vida
de desgostos e prazeres.
Contenho maresias
de vidas gastas
e desperdiçadas.
Sobre esta vida,
alcanço um mundo
que suspira de paz e luz.

25/01/2012

Pedro, 9 anos











terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Visita de estudo ao Diário de Noticías



Expectante espero.
Adormeço...
No dia seguinte
sento-me no autocarro
e continuo a esperar.
Espero lentamente.
Chegámos, oiço as vozes
que estão em conjunto com a minha.                                                                            
Passadas as horas, levanto-me.
Depois de comermos andámos
até ao Diário de Noticías.
Aprendi com novas
e antigas palavras.
Sento-me na cadeira e faço
o que me é pedido.
Passam horas e vou de regresso.

17/01/2012

Marta 9 anos