terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Por este caminho

Por este caminho de três vidas
caminho devagar e vagabunda.
Ao fitar as pedras que me aparecem
à frente dos pés,
não levo as mãos vazias,
levo uma braçada de trigo
que não vai dar pão,
mas vai dar amor.
E quando eu pergunto coisas
a um profeta,
a recompensa que ele recebe
é uma espiga de trigo diferente.
Numa rocha a adoçar e a vacilar
à frente do ocaso, penso na resposta
que me deu o profeta.
Na varanda nocturna
vejo as estrelas de meus passos.

17/01/2011

 Anastácia, 8 anos


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